Sinopse

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     "Este ensaio nasce de diversas provocações que me perturbam. Mais do que fontes bibliográficas, este texto utiliza como base vivências minhas e de colegas. São anos de conversas em festivais de cinema, congressos, articulações políticas, intervalos de almoço, bares e festas. Fontes efêmeras jamais registradas, mas tão reais e pertinentes quanto qualquer documento formal.
     Como profissional do audiovisual, a sétima arte também conhecida como cinema, vejo um sistema em conflito consigo mesmo; um microcosmo que reflete questões políticas e trabalhistas da sociedade. Por trás de belos discursos humanitários, esconde-se um liberalismo predatório. É irônico que a máquina de criar sonhos seja a mesma de produzir traumas."

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Neste ensaio, Guto Bicalho tenta estabelecer as definições e diferenças de dois tipos de cinema radicalmente diferentes: a animação e a filmagem (live action); estabelecendo um como um cinema confeccionado e o outro como um cinema capturado. A partir desta premissa, levanta-se a necessidade de estabelecer conceitos próprios ao cinema de animação e com isso compreender questões estruturais das produções, no que diz a respeito da sua forma de produção, liderança e relações trabalhistas.